Fiat 500 - Pode se dizer que é um "lançamento"
Em meio à tanta modernidade, sofisticação, velocidade, tecnologias inovadoras, cresce uma
mania que vai no movimento contrário, assumindo nome, às vezes de retrô, vintage, entre outros...
E quando falo de nostalgia não quero fazer menção somente aquela que se sente ao cantar os "hits" dos anos 80, 90, ou ficar lembrando dos desenhos animados que costumava assistir.
Mas o que quero chamar a atenção para uma nostalgia que ultrapassa o que vivemos em nosso tempo, vai mais fundo no passado.
Pelo menos é o que eu sinto ao ver cada vez mais aquele ar de foto ou filmagem antiga em algumas bandas, ou quando fazemos isso no photoshop, as várias antiguarias de objetos, móveis à venda, o relançamento de vinis, carros, das próprias roupas e suas modas.
Ironicamente isso remete a frase de Cazuza na sua música "museu de grandes novidades", o termo "retrô" nos lembra retroceder, a palavra nostálgico é associada à uma pessoa presa ao passado, que não quer avançar.
Muito embora, minha impressão é de que essa nostalgia não diz respeito a retroceder, querer voltar ou ficar preso ao passado, mas sim de recuperar. Venho a supor que estamos procurando algo que nos dê a marca do tempo (na verdade, quando ele ainda deixava marcas, pois anda tão volúvel), que mascare um pouco da modernismo transviado, que é comprado em qualquer prateleira, às mil opções, na casualidade e comodidade, enquanto se faz várias coisas ao mesmo tempo.
Quando se busca algo, não apenas pelo valor ou tendência na moda, mas pelo significado, algo que nos conte uma história, envolva um sentimento, que relembre o tempo do esforço, das dificuldades, da espera, que tornam o sabor da conquista mais puro e verdadeiro, que faça esquecer o gosto artificial e sintético, algo que foi mais tateado por mãos do que por máquinas.
Fotos que tirei em um Bar de São Luís - MA, uma cidade nostálgica em vários sentidos