“Parece que o homem não se contenta em ser homem e deseja ser super-homem.”. Esse é o trecho que retirei de um texto de Ailton Siqueira, intitulado “O Despertar do Homem Maquinal”, que foi inspirador para fazer essa colagem. Pensei em uma comparação do que seria do personagem Dom Quixote no mundo contemporâneo. Se naquela época ele se encantava com os livros de cavalaria, hoje estaria alucinado com os super-heróis presentes nas histórias em quadrinhos, desenhos animados, filmes etc.
Já faz um tempo que venho notando esse exagero de super-heróis em nossas vidas. É Smallville pra lá, Homem-Aranha 1, 2, 3, 4 pra cá, Transformers, Superman, o novo seriado Heroes entre muitos outros. Nos desenhos as quantidades são fora de série, têm alguns em que todos na família são agentes secretos. E ler o texto citado acima só fez esclarecer mais ainda as idéias que tinha em mente.
O texto discute toda a nova roupagem assumida pela a sociedade em favor do mercado. Ele fala de toda a subjetividade do ser humano, que seriam os seus desejos, sonhos, expectativas, sentimentos. Essa subjetividade agora está se moldando para o mercado e o que ele anda exigindo de nós, quem seriam a eficiência, rapidez, estar sempre informado, atualizado, não ser deixado pra trás, estimula competitividade, de ser o melhor e ter o melhor para tudo. Ele argumenta de hoje tentarmos nos igualar às máquinas, por buscar todas essas características, aí onde entra toda essa ideologia dos super-heróis, de perfeição.
Toda essa busca pela eficiência acaba reprimindo a pessoa insegura, ansiosa, que existe por dentro. Ficamos sem admitir erros e cada vez mais individualizados, porque como dizem: “Melhor só que mal acompanhado”.
Também não nos contentamos em ser perfeitos profissionalmente, temos de ser perfeitos aparentemente, fazemos plásticas, dietas, malhação, renegamos o envelhecer. Esperamos que no amor apareça alguém perfeito, uma alma gêmea, como nas “comédias românticas”, mas acabamos nos decepcionando facilmente, nos frustramos em não achar a pessoa perfeita. Como no texto o autor afirma, nós não conseguimos amar o outro por não conseguirmos mais nos amar. Deixamos de nos respeitarmos, admitir nossos erros e os erros dos outros, aceitarmos as diferenças. Não é à toa de que os estudos de várias universidades em conjunto elegeram os Estados Unidos o campeão mundial da solidão, e encontrar a raiz disso da cultura que enfatiza a competitividade, conquistas individuais, etc. Finalizo então esse texto com um belo trecho da música dos Los Hermanos, O Vencedor, que diz: "Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar para não faltar amor.".
Já faz um tempo que venho notando esse exagero de super-heróis em nossas vidas. É Smallville pra lá, Homem-Aranha 1, 2, 3, 4 pra cá, Transformers, Superman, o novo seriado Heroes entre muitos outros. Nos desenhos as quantidades são fora de série, têm alguns em que todos na família são agentes secretos. E ler o texto citado acima só fez esclarecer mais ainda as idéias que tinha em mente.
O texto discute toda a nova roupagem assumida pela a sociedade em favor do mercado. Ele fala de toda a subjetividade do ser humano, que seriam os seus desejos, sonhos, expectativas, sentimentos. Essa subjetividade agora está se moldando para o mercado e o que ele anda exigindo de nós, quem seriam a eficiência, rapidez, estar sempre informado, atualizado, não ser deixado pra trás, estimula competitividade, de ser o melhor e ter o melhor para tudo. Ele argumenta de hoje tentarmos nos igualar às máquinas, por buscar todas essas características, aí onde entra toda essa ideologia dos super-heróis, de perfeição.
Toda essa busca pela eficiência acaba reprimindo a pessoa insegura, ansiosa, que existe por dentro. Ficamos sem admitir erros e cada vez mais individualizados, porque como dizem: “Melhor só que mal acompanhado”.
Também não nos contentamos em ser perfeitos profissionalmente, temos de ser perfeitos aparentemente, fazemos plásticas, dietas, malhação, renegamos o envelhecer. Esperamos que no amor apareça alguém perfeito, uma alma gêmea, como nas “comédias românticas”, mas acabamos nos decepcionando facilmente, nos frustramos em não achar a pessoa perfeita. Como no texto o autor afirma, nós não conseguimos amar o outro por não conseguirmos mais nos amar. Deixamos de nos respeitarmos, admitir nossos erros e os erros dos outros, aceitarmos as diferenças. Não é à toa de que os estudos de várias universidades em conjunto elegeram os Estados Unidos o campeão mundial da solidão, e encontrar a raiz disso da cultura que enfatiza a competitividade, conquistas individuais, etc. Finalizo então esse texto com um belo trecho da música dos Los Hermanos, O Vencedor, que diz: "Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar para não faltar amor.".
2 comentários:
É incrível o quanto aprendo com essa menina. A quantidade de pessoas frustradas realmente tem aumentado. A questão da imitação da arte(cinema) pela vida é um grande problema, fazendo com que o indivíduo sempre procure seguir um roteiro de filme como se isso fosse viver. Concordo com tudo Camila. Perfeito! Parabéns!
adorei seu texto, milinha :)
eu adro esse assuntoo
aahuheus
concordo plenamente com seu texto, e acho triste... =\
é um problema sério esse negócio de 'padronização de ser isso ou aquilo outro'
o negocio eh qm todo mundo vai levando, levando... e vamo ver onde vai dar ¬¬
bjao milaaaa =**
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